Foram alguns anos mas que deram o rumo de toda a vida que há de vir.
Vestido como meu pai. Sapatos preenchidos com guardanapos para caber meus pés, calça que cabia dois de mim, camisa social branca que me fazia parecer ir a um campeonato de dança de salão, parecia um balão. Não havia tempo, para ser eu, fui meu pai e eu.
Refletir, imaginar, esperar, suar.
Como se fizesse parte do processo, caprichosamente fiquei de pé enquanto sentia o ar frio subir pelo meu corpo, na situação que estava imaginava estar sendo envolto por algum fluido desconhecido - a imaginação é sua única visão nesta hora, e depois de assistir tantos filmes de vampiro, mitologia e fantasia, minha imaginação havia adquirido asas um tanto quanto grandes. - Finalmente os primeiros barulhos charam nossa atenção. Vozes desconhecidas e sem rosto atuavam como esfinges.
Era chegada a hora. Nossa vida havia se fechado atrás de nós - mas ainda não tinhamos consciência disso -.
Muito foi dito, e muito no momento não foi entendido. Ajoelhados, imaginando ser cavaleiros, recebemos a nova vida que deveríamos enfrentar. Depois, já de pé, prontos para o início da jornada, o templo surgiu, as vozes ganharam faces, e mãos deram-se as mãos.
Era tudo novo, símbolos por todas as partes, capas, velas, cadeiras ... nossa imaginação saia de cena e agora a realidade e suas responsabildiades davam o tom de como seria o que haveria de vir.
... continua na parte 2